Está indignado?

Depois do grande sucesso que foi o ultimo post politico (dois comentarios e nenhum a respeito do post) vamos para o segundo consecutivo.
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Então se indigne!
Não fique parado demonstrando todo o poder que a mídia exerceu sobre você o tornando “humano ridículo limitado, que só usa 10% da sua cabeça animal” (Raul Seixas).
Indignar-se não é apenas falar que “eles” (políticos) são ladrões, até porque, só são “eles” porque alguém os deu esse patamar. O problema não está aí, o problema não está e nunca esteve totalmente na elite. A elite nunca foi maioria, elite só “elitiza” se alguém for “elitizado”. E as revoluções, na maioria das vezes, não têm como principais participantes a elite, mas sim as grandes massas. Então antes de dizer-se indignado com os políticos, com a violência, pense de onde saíram essas coisas.

Os políticos são escolhidos pelo POVO. A violência é feita pelo POVO.
Sobre a violência pode-se falar que é fator conseqüente do descaso das autoridades, e que é um problema que cresce junto com outros problemas como educação, saúde etc. Antes de discutir sobre “eles” temos que discutir sobre “nós”. Porque somos “nós” (povo) que entregamos o poder a “eles”.

Mas a minha intriga fica em...
Quem hoje faz parte do grupo “eles”, também já fez parte do grupo “nós”
Já que todos “eles” foram ”nós”, somos NÓS que temos o poder.
Ai chega-se ao ponto de discussão.
Em todos os lugares do mundo existe corrupção, todos os países desenvolvidos têm políticos corruptos, mas nós somos os melhores do mundo no que se diz respeito a isso. O problema não é nos políticos, o problema está na base cultural. E a base cultural não se muda de um dia para o outro, para mudar a cultura de um povo que cultua mais a uma seleção de futebol do que a educação nacional precisa-se de tempo.
Precisa-se de um longo processo, começando por uma reforma nos próprios valores, isso pelo ditado popular viria da expressão “educação vem de berço”, mas pouco a pouco com investimentos em educação poderia trazer valores éticos de volta.

Se educação vem de berço ela se estabiliza na escola.
A política brasileira nunca teve como principal objetivo melhorar a educação, nunca nem passou perto disso, ao contrário de países como Suécia, Japão, Noruega, Suíça, Canadá, etc.
Não é necessário, mas vale lembrar que esses países têm os maiores índices de desenvolvimento humano do mundo, e que também o setor econômico desses países é muito desenvolvido .
Mas você pode perguntar:
Como a educação pode influir sobre a política e economia?
Com uma nova formação educacional, mais sólida, os cidadãos formados por esse novo sistema educacional terão valores culturais maiores, formando cidadãos de caráter. E com pessoas de maior caráter na sociedade teremos o “nós” fortalecidos, e conseqüentemente mais pessoas comprometidas com a sociedade, conseqüentemente na escolha do “eles” terá mais pessoas comprometidas com as necessidades da nação.
Então se você está indignado com “os políticos ladrões” pense nisso, tente entender o porquê de você estar indignado, isso pode trazer possíveis soluções se ocorresse um verdadeiro consentimento do que são gerados os problemas. Enquanto o “nós” não for reformulado, o “eles” também não será, e o povo brasileiro continuará a procurar os erros do Brasil lá em cima enquanto aqui em baixo a indignação se resume ao senso comum de achar que o problema está na política.

Posso e não quero ser um exemplo de cidadão, mas ao menos fiz minha parte redigindo esse texto, se você não entendeu nada, isso quer dizer que estou certo, e que o que o Brasil precisa mesmo é de uma reforma no sistema educacional.
Pode ser que ninguém leia esse texto, ou que quem leia nem dê atenção, mas ao menos eu tentei fazer minha parte e você?
Quer ser indignado? Então saiba se indignar.

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Esse texto eu fiz quando tinha 15 anos, eu era um jovem revolucionario, agora estou velho e sem forças... Aos 17!