quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ao Infinito e Além: O Grande Impotente


Quem és você que tanto subestima valores diferentes dos seus?
Puro produto do inconsciente coletivo. Muito me admira ainda que penses ter integridade para julgar.
És tão dúbio e turvo que mais parece morto. Perdeu-se no caminho que trilhou ser o justo e o melhor para si. Se por vezes fora feliz foi por displicência. Não batalha por si e diz batalhar por outrem: Mero engano. Sobrevive em um mundo que considera injusto e tão pouco sabe o porquê. Tira conclusões de preceitos infundados. Posteriormente justifica-as com orgulho, e ao primeiro argumento contrário se omite. Omite seu verdadeiro eu, o animal raivoso e ambicioso que há dentro de cada um de nós.
Vive no sistema que foi habituado. Pouco indaga, mas quando o faz não acredita nem no próprio preconceito. Sem seguir, sem ditar. Seu futuro é um limbo, perspectiva é e sempre será futura, não caiu em sua consciência que a vida é uma roda viva, um ciclo sem volta. Se lembrares dos planos presentes em seu futuro, frustrar-se-á como quem percebe a morte aproximar-se. Por que poderás não estar morto de corpo, mas sua alma federá tanto que respingará em seu fruto.
Ah! A alma desse ser tão vazia quanto confusa. O preenchimento morrerá junto com a perspectiva. A confusão aos poucos surgirá, só basta filosofar, imaginar o que poderia ter sido diferente. O mal está no ‘se’. Enlouquecerá quando próximo o fim, mas nos últimos momentos fará o que de melhor fez em sua falha, medíocre e injustificável vida: Acomodar-se-ará.

sábado, 18 de agosto de 2012

10 melhores músicas de todos os tempos

Sei que é muita pretensão de uma pessoa só fazer uma lista das 10 melhores músicas de todos os tempos. Não tenho muitos critérios pra essa lista, já que música é sentimento, um dos principais critérios para fazer tal lista foi a quantidade e qualidade de sentimentos que sinto enquanto escuto as referidas músicas.
O resultado foi que das 10 músicas, 8 são clássicos incontestáveis da história da música. Duas das músicas foram escolhidas por extremo gosto pessoal, confesso.
Essa lista já fiz há cerca de um ano, não fiz pensando em divulga-la, só a fiz a nível de conhecimento pessoal, mas pela falta de atividade resolvi divulga-la.
Então vamos à lista:
10- The Suburbs – Arcade Fire
O álbum a que essa música deu título foi o mais badalado do mundo em seu ano de lançamento, não por menos o álbum venceu o Grammy desbancando figurões da música pop mundial.
A faixa-título, The Suburbs, sem sombra de dúvidas é a melhor do álbum, a música transmite um sentimento extremamente intenso de nostalgia, sua melodia é tão calma e límpida que é quase impossível conter um leve sorriso ao escutá-la.
9-Born In The U.S.A – Bruce Springsteen
Bruce é indiscutivelmente o músico predileto dos norte-americanos. Acabara de lançar seu décimo segundo álbum no topo das paradas, e agora só está atrás dos Beatles nesse quesito.
Bruce nasceu para ser superstar. Dono de um carisma digno de presidente da república, é quem melhor sabe descrever os sentimentos da classe trabalhadora americana. Crítico ferrenho do capitalismo exagerado,  Bruce tem um número crescente de hits emplacados no top das paradas. Apesar de ser uma das, ou até a maior estrela da música americana, Bruce não tem todo esse estrelismo fora do país, o que de forma alguma pode ser interpretado como uma falta de talento do mesmo.
Acompanhado quase sempre pela The Street Band, Bruce faz shows maravilhosos, e com certeza absoluta o ponto alto de seus shows é quando a famigerada Born In The U.S.A é tocada. A música leva os fãs ao total êxtase, principalmente na hora de seu refrão.
8-Kashmir – Led Zeppelin
Não é segredo pra ninguém que me conheça que eu tenho Led Zeppelin quase como uma religião, uma idealização do que essa arte chamada música nos deu.
Os 8:33 minutos de Kashmir podem parecer tediosos a princípio, mas Zeppelin consegue desenvolver em cima de uma estrutura simples da música, uma música completa. A forma como a linha de John Bonham é executada é incrível. A todo momento parece que vai dar tudo errado, que a bateria está fora da música, e lá aparece ele pra consertar tudo. Sem exageros.
Os instrumentos de apoio são a principal marca da música, não por menos tantos filmes, séries e propagandas usam essa música como trilha sonora. O sentimento de melancolia e expectativa está presente em cada nota tocada nessa música.
7-Helter Skelter – The Beatles
Uma letra simples, pode até ser considerada sem sentido, riffs de puro rock and roll capazes de gerar histórias macabras. Só a mais emblemática banda do mundo é capaz de fazer isso.
Helter Skelter é a precursora da música pesada. Em sua época, The Who já ditava o que poderia ser feito na música durante os anos 70, mas com a influência dos Beatles tudo ficaria mais fácil.
Helter Skelter adiantou uns 10 anos o que a música teria (ou não) para nos mostrar. Guitarras com distorções (nem tão fortes)  riffs com escalas simples, bateria barulhenta e uma letra mais gritada do que cantada. No fim da música ainda é possível ouvir a frase ("I've got blisters on my fingers!")  um claro incentivo pros músicos do futuro fazerem barulho
6- Fluorescent Adolescent – Arctic Monkeys
Uma letra bem humorada, um toque “felizinho” e uma melodia grudenta. Fluorescent Adolescent não tem solos mirabolantes, histórias sangrentas, Arctic Monkeys não tem tantos milhões de cópias quanto quase todos outros aqui presentes, mas essa música é a melhor no que a música se propõe a fazer. Entreter.
É impossível para qualquer pessoa do mundo criticar essa música, poucos, talvez ninguém a coloque entre as 10 melhores músicas de todos os tempos. Mas o sentimento de tranquilidade e simplicidade é muito presente na música. Sua curta duração (a mais curta das músicas da lista com 2:58 min) também carrega uma forte áurea de nostalgia. E se música é sentimento e essa música transmite tantos sentimentos bons, porque não coloca-la entre as melhores*)
5-Paranoid Android – Radiohead
Escolhida recentemente pela revista Rolling Stones a melhor música dos últimos 15 anos (concordo com a escolha) Paranoid Android é uma obra-prima de insanidade e o Radiohead seria o Abert Camus da música.
Não há nada que se pareça com essa música, é de uma originalidade sinistra, em alguns momentos, não parece ser criado por uma criatura humana, isso tudo sem nenhum instrumento parecer desencaixado, sem nada parecer fora do lugar.
Durante seus mais de 6 minutos, são experimentados momentos leves para relaxar, tranquilos até pra dançar, momentos de tensão, quando se aproxima as horas mais pesadas, momentos de explosão e se depois da tempestade vem a bonanza, Radiohead entendeu o recado, mas não deixou de bagunçar os sentimentos presentes na música, colocando tudo para quebrar de novo antes de acabar. Com muito peso, velocidade e ruídos indescritíveis.
4-Thunderstruck – ACDC
Se fosse possível indicar uma banda com som rock and roll no mundo possivelmente quase todos rockeiros indicariam ACDC
Depois do auge dos 2 álbuns seguidos que estão entre os 20 mais vendidos da história da música, ACDC passou por uma leve crise de originalidade, mas quando em 1990 o álbum *** foi lançado embalado pela sua melhor música, Thunderstruck, a banda ressurgiu.
Thunderstruck tem um dos riffs mais fantásticos da história, a pegada sempre rock and roll, os vocais impecáveis, o solo incrementador somado a performance fantástico de Angus e Johnson, fazem dessa música a maior obra-prima de rock and roll da história
3- Dire Straits – Sultan Of Swings
A genialidade de Mark Knopler está impressa nos quase 6 minutos dessa música que marcou a história.
Não dá pra acreditar, mas uma das canções mais fantásticas, uma das linhas de guitarra mais sensacionais, empolgantes e bem produzidas da história da música esteve presente no PRIMEIRO ÁLBUM da banda ditando bem o que seria do Dire Straits.
Apesar de extremo talento, nem mesmo Knopler conseguiu criar algo tão fantástico quanto essa música nos demais anos de carreira. Tudo nessa música é coadjuvante da guitarra. Baixo, bateria, letra, voz, tudo é apenas acompanhamento pra estupenda  linha de guitarra.
2- One – Metallica
Considerado por muitos a maior banda de rock do planeta, e por quase todos como a maior banda de metal de todos os tempos, Metallica tem sua obra-prima máster. E essa é One.
Como há de se notar tenho uma leve queda por músicas crescentes (aquelas que começam mais leves e vão se incrementando ao decorrer da música). Metallica faz isso com precisão, nessa música então nem se fala, dos riffs que iniciam a música  trazendo sentimento de calma até os agressivos momentos em que Hetfield grita “DARKNESS IMPRISIONING ME! ALL THAT I SEE, ABSOLUTE HORROR” há uma diversidade incrível, a bateria de Lars, também é impecável, como sempre ele abusa dos contratempos e cortes no desenvolvimento da música. A letra é um caso a parte, algo que poderia estar nos livros de poesia, mas tem muito maior divulgação em cd’s, mp3’s, etc ao redor do mundo.
Costumo dizer que é a única música longa do Metallica em que não forçam a barra para a música demorar. Cada segundo dela faz sentido, cada acorde leva naturalmente ao outro, sem parecer uma tentativa de parecer ser super habilidosos (o que não chegam a ser).
1- Stairway To Heaven – Led Zeppelin
A primeira colocada não poderia ser outra, tentarei me conter ao descrevê-la.
Starway to Heaven, fora escolhida a melhor música de todos os tempos pela NME, a segunda pela Rolling Stone (que misteriosamente escolheu Satisfaction como a melhor). A própria Rolling Stone escolheu Robert Plant como o maior vocalista de todos os tempos, o solo de Starway como sendo o melhor de todos os tempos e a letra (imagina) como a melhor de todos os tempos.
É basicamente incontestável que essa é obra-prima máxima da música, se fosse feito uma eleição das maiores obras-primas da humanidade, ela estaria junto A Monalisa, Assim Falava Zaratrusta, A Esfinge, Hamlet etc.
Tudo é impecável, não há excesso, não falta nada, mesmo nos momentos mais límpidos, é impossível sentir falta dos outros instrumentos, uma guitarra e uma voz é mais do que o suficiente pra entreter. A flauta, a entrada do baixo formam o DNA perfeito de uma obra-prima. Bonham com toda sua genialidade não ficou para trás, esteve como sempre seguro, sem  excessos desafiando as leis da física. O ápice é no solo, uma escalada pentatônica maior daquela que você aprende nos primeiros 6 meses de guitarra, só que com uma precisão e sentimento que jamais ninguém foi capaz de criar. Os gritos de Plant no fim são para garantir que alguém que por algum motivo desconhecido não tenha ficado arrepiado, fique.
E para terminar de fechar o caixão “
And she’s buying stairway to heaven”.

sábado, 4 de agosto de 2012

UFC ON FOX: SHOGUN VS VERA


O último evento UFC foi provavelmente o melhor do ano, apenas uma luta por decisão dos juízes, Manvel Gamburyan vs Michihiro Omigawa (que por sinal foi uma ótima luta), muitos bonitos nocautes e belas finalizações.
Um dos motivos desse resultado espetacular foi a escolha de 2 brasileiros para fazerem as lutas principais. Os rivais Shogun e Lyoto, são sinônimos de boas lutas, seja no quesito emoção ou técnico.
O primeiro brasileiro Rani Yahida abriu muito bem a noite brasileira com uma bela finalização norte-sul, algo que até então só tinha visto em competições de jiu-jitsu e submission. Wagner Prado, revelado no quadro lata-velha do Caldeirão do Hulk começou bem sua luta, mas acabou por sofrer com uma dedada no olho que transformou o resultado da luta em No Contest, ou seja, luta sem resultado.
Costumeiramente não comento lutas entre estrangeiros que não sejam main event’s ou co-main event’s, mas Joe Lauzon vs Jamie Varner mereceram isso. Lauzon não é resistente como Edgar, um showman como Pettis, forte como Maynard, ou versátil como Bendo, mas sabe fazer boas lutas. A prova disso é que o atleta de apenas 28 anos já ganhou 4 vezes o prêmio de luta da noite. O grappler fantástico já faturou ainda 5 vezes o prêmio de finalizaçãoda noite e fizera mais uma vez nessa. Mas uma luta com muita trocação onde houveram várias reviravoltas, até que Lauzon acertara de forma brilhante um belo triângulo. Provavelmente Joe nunca chegará a disputar o cinturão dessa tão concorrida categoria, mas ficará marcado na história do MMA assim como Chris Lytle. Como um lutador que luta bonito.
Lyoto Machida ganhou o melhor adversário que podia. Um cara na linha do cinturão, com talento incontestável, mas que o jogo encaixava perfeitamente com o seu. Bader não consegue mesclar bem a sua boa trocação com seu fantástico wrestriling. Basicamente ou ele faz uma coisa ou outra e quem conhece MMA sabe que não é nada fácil derrubar Lyoto, e que é muito difícil tocá-lo. Lyoto impôs seu jogo desde o primeiro momento, manteve a distância contra-golpeou e não deu trela para Bader. No segundo round continuou cansando e frustrando as tentativas de Bader, até que ele fizera o que sabe fazer de melhor, contra-golpeou. E nessa conseguiu um nocaute avassalador sobre Bader. Lyoto fizera o dever de casa com maestria e foi anunciado por Dana White (apesar de ter vencido apenas 2 de suas 5 últimas lutas) como o próximo desafiante ao cinturão, apenas uma luta após ter perdido do atual campeão, Jon Jones.
Shogun entrou com uma estratégia diferente do habitual. Evitou a trocação e partiu para o grappling (luta agarrada). Aparentemente em melhor forma, Shogun dominou o adversário ganhando contundentemente o primeiro round. A expectativa era que para adotar tal estratégia Shogun estaria com seu já tão famoso “Shogás” em dia. Mero engano. Já no corner do intervalo para o segundo round Shogun demonstrou estar exausto o que acabou atrapalhando duramente seu desempenho. O que era esperado um passeio do brasileiro acabou se tornando um pesadelo. Ainda mais quando Vera quase finaliza Shogun com uma guilhotina da guarda. Shogun volta exausto para o terceiro round, Vera mais inteiro começa a crescer na luta, mas Shogun usa o jiu-jitsu para derrubar e anular Vera durante o round. Com o início do quarto round ficou claro que Vera também havia cansado. Shogun com toda sua garra desferiu bons golpes que levaram o americano ao chão e com os golpes que sucederam levaram a interrupção do árbitro. O décimo oitavo nocaute das 21 vitórias de Shogun.
Shogun é um dos melhores lutadores de MMA de todos os tempos, venceu várias lendas do MMA, fez lutas épicas, mas aos 30 anos não é sombra do atleta que já foi. Shogun tem que entender que sua garra admirável, seu queixo e mão de aço não são o suficiente para o MMA moderno. Enquanto Lyoto mudou para os E.U.A, contrata wrestlers de primeira ponta, para se preparar para luta, Shogun convida amigos para treinar em sua academia. O resultado é esse. Um atleta despreparado, fora de forma, que só vence as lutas na base da força de vontade. Mas só na força de vontade, já fora surrado por Jones. É preciso mostrar o empenho que mostra dentro do octógono também fora dele, nos treinamentos.