sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ao Estimado Filósofo Visionário

Antes de tudo devo te agradecer



Seus escritos me fazem ver outro mundo hoje



Minha visão se expandiu tanto que me fizera redigir essa carta.



Pode parecer grande besteira escrevê-la sabendo que tu nunca lerás



Mas se em algum dia nossas obras se cruzarem, terei cumprido minha missão.



A sua obra, apesar de maravilhosa, contém algumas contradições



Ao contrário de você, amigo, sou despretensioso



Não sei se estou à frente da minha sociedade



Tenho meu ponto de vista, é claro, em partes se parece ao seu.



Mas julgá-lo superior consequentemente torna-o uma convicção



E ambos conhecemos sua visão de convicção.



Tão pretencioso é que declara seu maior medo o de ser idolatrado



Só o idolatraria quem não conhecer sua obra



E quem não conhece sua obra não o idolatra de verdade



Só a usa para pagar de pseudo-intelectual.



Não o vejo como ídolo, mas como um grande organizador de ideias



Sua obra descreve as ideias e sentimentos mais repelidos pela nossa sociedade



Inspira novas ideias, e essa fora sua contribuição para a humanidade.



Inspiração para a busca de um mundo utópico, é verdade



Assim te comparo pela primeira vez aos pregadores da morte.



Seu fantástico mundo não é bem menos utópico que o que eles pregam



Claramente há uma diferença no objetivo de vocês



Eles usam disso para pregar a morte



Você, para pregar a vida.



Acho que você não iria gostar de saber



Mas seus devaneios fizeram classifica-lo como poeta



E os poetas meu caro...



Há! Os poetas mentem muito.



Em sua obra auto-personificada



Você transparece ser o apóstolo de seu Deus



E assim comparo sua arrogância a dos pregadores da morte



Julga, no mínimo, ser o mais próximo ser do ser supremo



Sim, chamo-o de seu Deus e de ser supremo



Pode se revirar como for no caixão, mas não retiro o que disse



Você o almeja, o venera



Em nenhum momento demonstra enxergar além dele.



Grande hipocrisia e pretensão sua de criar um conceito que você se julga o primeiro a seguir



Assim, incita pessoas a buscar juntar-se a você



Seguir-te-iam como os que seguem o profeta em busca da salvação



Seguiriam-te na busca pelo super-homem



Ao mesmo tempo em que diz para não o venerarem



Você se expõe como alvo de veneração.



Muitos anos se passaram e nem de longe vejo a sociedade dos “seus semelhantes”



Como eu, várias pessoas acreditam que você se considerava o primeiro dos Super-homens.



E não vou lhe perguntar por onde andou no tempo em que eu nem sonhava



Espero sua defesa, não o seu ataque



Sua defesa baseia-se na sua obra



Seu ataque deveria basear-se na minha



E o senhor nunca a leu nem lerá



Seus “homens superiores” se encarregarão disso

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Aos 3 Males Para a Sociedade* Regozija-me, Regozija-me mucho.

Regozija-me, como a todos, sentir-me bem
Acordar saudável, o não sofrimento
Mas Regozija-me a dor
Sob a dor evoluímos na esfera pessoal, social e global
Maquiavel chamava de mal necessário
Chamo de bem social
Os 3 maiores males para a sociedade: A morte, a loucura e a dor
São também as 3 formas de equilíbrio entre pessoas
Regozija-me esse comunismo *
A dor iguala para depois separar
Os fracos fogem, sofrem, culpam, julgam, suplicam ou pior, nada fazem
Os fortes crescem, mas não é o forte que move a sociedade
Aos protótipos super devemos o mérito
O que não te mata te deixa mais forte
Se te deixa mais forte e não usas tua força, tão vã quanto os fracos terá sua força
Assim enxergo o terceiro mal para a sociedade
Como anteriormente dito, agrada-me as formas *possíveis* de igualdade
E não há princípio de poder qualquer que separe os loucos
Fé, força, dinheiro
O que você crê, o que você é e o que você quer mostrar ser não te segrega na loucura
Regozija-me a loucura
A insanidade o faz ser o que quiser ser
Tira-te aspirações futuramente frustradas
Tira-te a dor, o medo, a timidez, a vergonha
Torna-te um ser quase imperturbável
Um ataraxo para os epicuristas
Em estado de nirvana para budistas
Assim enxergo o segundo mal para a sociedade
O maior mal para nossa hipócrita sociedade iguala a todos
Tudo que ceia e que será ceado um dia
Iguala-te a um ornitorrinco e a um câncer feroz, escolha qual mais te agradar
A morte é ao mesmo tempo pregada e temida. Puro falso moralismo religioso
Mas regozija-me o sono eterno
Pensas-te quão enfadonha seria a vida eterna?
Para que você quer viver para sempre se a vida é um eterno retorno?
Não te agrada pensar que seu fruto, sua obra crescerão por si só?
É impossível não enxergar que a vida só tem graça por causa da morte
Imaginar a vida daqui a 100, 200, 1000 anos e perceber não ter ideia de como será não te entusiasma?
Após o apoio em prol do futuro você não merece também sua despreocupada serenata silenciosa eterna?
Se não aprenderes a morrer, nunca aprenderá a viver
E quando notar aproximar-se do apodrecimento sentirá a pior dor
A de não poder morrer por não ter ao menos nascido
Assim enxergo o maior mal para a sociedade
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*Brincadeira K.M e F.H | Mas só as possíveis K.M e F.H

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ao Auto

Sou filósofo em curso filólogo

Sou cético de expressão convicta

Tenho vontade de potência regressa

Sou evolucionista entre transmundistas

Sou um egocêntrico compaixoso

Nego-a sem superá-la

Sou um hippie estável

Sou um visionário negativista

Esfomeado, vejo ao longe a miragem de um Oasis sem me mover

Sou menos que sei sem crer em ser

Sou sabiamente louco suficiente para fingir-me normal

E falo quem sou sem mesmo saber

Penso atuar como personagem paisagístico de um teatro subconsciente

O que será o boneco sabido formado pelo inconsciente coletivo?

Que será o eu ideal cheio de dúvidas sobre sua matéria-prima?

Quem é real? Confesso ter bagunçado o antigo conceito de realidade

Confesso esgotado argumento singular