sábado, 6 de outubro de 2012

Ao Infinito e Além: A Geração Aforismo


Mentes pequenas pedem pensamentos curtos
Não algo que realmente creia
Algo que realmente deseja
Apenas algo que faça com que você pareça ser o que quer ser

Se me incomoda?
Digo: Muito
Nada que seja bem interpretado vem de aforismos
Por isso esses se encaixam tão bem a essas mentes

Não interpretam nada bem
De carapuças se eximem de adentrar ideias
Lêem, vêem e continuam tão vazios quanto antes
Com o propósito de transparecer

Para o real conhecimento de uma simples frase é necessário mais que léxico
Mais que interpretá-la textualmente
É interpretá-la em seu contexto
Interpretá-la com conhecimento da obra do autor
Interpretá-la com os olhos de quem escreveu e não apenas de quem a leu

A típica ação da nossa geração
Julgar não pelo argumento
Mas pela resposta que esse terá
Assim fantasiam-se

Apresento a vocês a sua geração
A Geração Aforismo
Ninguém quer ler e interpretar
Mas querem se expressar

Todos querem transmitir algo
Não importa se seja banal
Se não tem nada a acrescentar
Não importa o quão clichê pode soar
A carência individual clama por atenção

E é disso que essa sociedade é feita
De carência
Mas enganam-se os que pensam que essa é sua doença
Diria até que é uma necessidade do ser pensante
Mas a má utilização dessa característica forma o que estamos vendo

Medíocre geração
Incapaz de pensar
Incapaz de expressar por si
Chega ao cúmulo de pesquisar frases sobre os sentimentos e sensações almejadas
Forjando-as, não entendem que palavras não convencem

Não se convencem
Não nos convencem
Não a ajuda
Apenas a engana

Apresento a vocês a nossa geração
A geração que tanto me orgulho de ser exceção
A geração que se ilude, mas não ilude ninguém
A geração opaca
A geração que se orgulha da pressa
Da comodidade
E com essas características se isenta da faculdade de pensar por si

Apresento a sua geração
A Geração Aforismo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aforismos - 1


*O controle dos impulsos é a forma de manter a lucidez

*Para algo ser julgado bom, haverá sempre algo a ser julgado ruim, o melhor necessita do pior. Portanto a expressão “bem comum” a partir do fato do que o que se torna comum deixa de ser bom, é descartável.

*Há em grande parte das pessoas, e aqui incluo pessoas julgadas pela sociedade como intelectuais, uma inversão da criação de um pensamento. Esses ditos intelectuais se escondem atrás de preceitos que pelo primeiro vislumbre considerarem corretos e pré-julgam ser a verdade. Após isso procuram argumentos para confirma-lo.
*A genialidade criativa é uma fórmula de inteligência + virtuosidade, mas faça-se jus aos supers, o ingrediente especial é uma boa pitada da mais pura loucura.

*A origem do conceito de belo é interpessoal, mas a sociedade desenvolve o padrão para o belo baseado em muitas nuances: Contexto histórico, inconsciente coletivo, nível de exclusividade e principalmente na resposta social do conceito desse belo, o status que ele venha a gerar. A parte interpessoal é a valoração em que cada nuance do belo desperta sentimentos a partir do desenvolvivento psíquico e espiritual de cada ser.

*Mais um conceito contra a maré, você é o que pensam sobre você, o que você pensa sobre si não interessa a ninguém.

*É tudo questão de reconhecimento, o mundo se move pela resposta que isso terá. Ninguém produz sem ter pra quem produzir. É ilusão pensar o contrário.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ao Infinito e Além: A Humanidade e A Natureza Humana

Após alguns leitores me indagarem sobre certo assunto e receberem uma resposta superficial, talvez sem coesão, decidi refletir mais profundamente sobre tal.

Algo como: Você que tanto exalta o futuro, porque critica tanto a humanidade que será responsável por isso¿

Apesar de ter considerado a pergunta pertinente, fico um pouco desapontado com a interpretação que tenham tido de meus textos.

Conhecemos a nossa humanidade. Nada que disse até aqui é novo sobre ela. Sabemos que a maioria de nós é convicta de verdades infundamentadas. Que muitos de nós perdemos a capacidade de questionar, que alguns de nossos mais naturais e belos extintos são execrados pela sociedade. Que nossa característica evolutiva vem sendo considerada como o maior dos males. Que os sistemas de organização da sociedade são maquiagens da real situação. Que há hipocrisia sobre tudo. Que a maioria de nós são apenas fantoches, mortos-vivos e terão em sua existência um motivo tão vão quanto um sermão sobre pecado. Não há novidade.

Sim, exalto o futuro. Talvez eu seja um Quaresma de Lima Barreto, há um pouco de esperança em meio aos meus devaneios. Porque não haveria¿ Sou obrigado a acreditar no fado adverso que nos pressagia¿

Há esperança sim e nesse ponto que me desaponto com tal questionamento. Sempre me coloquei como crente que a humanidade é uma coisa completamente diferente, diria até que oposta ao que indica o extinto humano. O caminho para o futuro que “exalto” parte do extinto e não do que fizeram dele.

Fomos deixados levar por nossas fraquezas, mas essencialmente somos os mesmos, o que nos falta é despertar o ‘olho de tigre’. A crença em nós mesmos e não no alheio, independente desse ser cósmico ou não.

Gerações e mais gerações sofreram inversão de valores. O que seria motivo de empolgação: as descobertas, a exaltação do ego, a seleção natural, a competitividade, os questionamentos, foram controlados para que seja introduzida a ideia do rebanhismo.

Uma reformulação mais plausível da pergunta que recebi seria:

-Você que tanto crê no extinto humano, por que critica tanto a humanidade¿

E respondo:

A humanidade sofreu por séculos uma imposição sobre seu extinto. O que restara dos nossos extintos precisam ser reativados, os males foram jogados em cima de nossos bens. Aí me atrevo a julgar o bem e o mal, não com convicção, mas com um número alto de evidências que me levam a acreditar nisso.

Quando ainda lutávamos pela nossa sobrevivência, quando os mais fortes se elevavam sobre os mais fracos, quando faltava força e se vencia com inteligência, quando sobreviver era orgulho, quando esperar de terceiro era sinal de fraqueza, enquanto tudo isso acontecia nós seguimos nosso caminho até chegar aqui. Vencemos a fúria dos mais fortes, os castigos dos próprios mãe e pai naturais.  Por que não acreditar que podemos vencer a nós mesmos¿

Em certo ponto o mais antigo ancestral está a nossa frente. Cabe a nós o retrocesso moral que já se mostrara historicamente muito mais efetivo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ao Infinito e Além: O Melhor de Nós


Malditos cegos seletivos. Sempre procurando alguém para culpar
É incrível o quão medíocre é o ser humano contemporâneo.
É um clichê válido mencionar que conseguem enxergar horizontes píncaros, mas não sua própria fedentina
Os mais desprezíveis seres, os Pregadores do Destino Doutrinadores Infantis, culpam a falta de fé, mas essa espécie que devemos ultrapassar na escala evolutiva, não é digna de mais do que compaixão
Outros negadores da vida culpam a desigualdade. Através disso formulam teorias que contrariam a natureza não só do ser humano como de qualquer ser vivo. Desafiam o fator típico responsável pela vida: A seleção natural
Há outra espécie de negadores da vida que se priva das alças para, em sua tacanha cabeça em prol de ‘alcançar’ a imperturbabilidade. Esses se assemelham aos Pregadores do Destino, mas se diferem por pensarem ser o senhores do seu eu. Mal sabem que tal narcisismo é movido por medo, um medo que os enfraquece e é responsável para que ele não muito se distancie dos comuns.
Talvez o mais comum seja o mais distante da realidade, os Incapazes Inconformados, que culpam os mais fortes, os superiores, aqueles que souberam utilizar o sistema vigente para se sobrepor. Esses seres costumam declarar revolta com o sistema sustentado por eles. Mais hipócritas até que os Pregadores do Destino, que em sua defesa poderiam alegar a ilusão, os Incapazes são barulhentos, mas o melhor que podem fazer é arrancar deboches por parte da aristocracia.
Sejamos justos, os considerados culpados pela deploração do ser nada mais são que o melhor de nós. Essa falsa sensação de poder nada mais é do que uma seleção natural e uma amostra clara de quão medíocre, quão baixo e quão sujo é o nosso fado previsível.
Regredimos sim, e é por isso que os raros devem se levantar. Para virar a mesa é preciso derrubar preceitos, vencer alguns medos, adquirir outros, atacar a moralidade vigente, utilizar a virilidade como impulsão , etc.
Regredimos sim, pois nossos ancestrais próximos tinham ciência do que é o melhor de nós e esses foram eleitos naturalmente. Enquanto essa reversão de valores acontecer, enquanto os selecionados forem considerados culpados, o jogo encaminhará para o abismo.
A grande verdade é que os melhores de nós nada mais são do que os mais demagogos, os mais polidos, os mais sujos, os mais cruéis, os mais egoístas...
***
Post de número 100 do blog, ;D

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ao Infinito e Além: A Felicidade



Há quem acredite em receita para felicidade, exemplos não faltam de pessoas que creem em tamanho absurdo.
Cristãos, Judeus, Budistas, Astrólogos, Feiticeiros, Epicuristas etc. Todos tem seu manual de comportamento das mais diferentes formas para se alcançar na impertubabilidade, na conveniência, na ilusão, na omissão, na negação da vida, uma felicidade fajuta, um contentamento descontente, um sorriso forçado taciturno. Mal sabem que o estado de felicidade não pode ser forjado. O que se diz ser e o que sente são coisas diferentes. A esperança é um modo lento e contínuo de ceifar uma possível vida. Quando perceberem que a ilusão lúcida é uma piada, rirão melancolicamente com lágrimas nos olhos.  Um mundo sobre a ótica da ataraxia com pessoas em estado de Nirvana faz de Aldous Huxley uma espécie de profeta.
A todos esses esquizofrênicos restam apenas o tempo, a espera, a vida não merece ser chamado de vida, mas de castigo. Um castigo duro e eterno cuja consciência nunca será tomada. É lamentável a ideia de sobreviver com preceitos empurrados goela abaixo, com um padrão imposto cujo não se pôde discordar. A felicidade como produto, estampada das mais variadas formas: Você como uma marionete do inconsciente coletivo. Seus pensamentos mais criativos, aguçados e empolgantes se tornaram motivo de repulsa por um medo de fugir dos padrões.
No entanto essa sensação de impotência o torna tolo. O cumprimento dos objetivos e a real satisfação são negativo, positivo, cão e gato, retas paralelas. Jamais se encontram. O motivo é a falta de critério para a formulação dos objetivos. A única fonte real da felicidade é execrada. Os desejos mais sinceros são os mais omitidos. Aquilo que o subconsciente produz é considerado o mais baixo pelo padrão manipulador é o que de mais sincero há no que restou das almas desses seres, algo que acabam sempre omitindo e causando um vazio interior, preenchido por mentiras e ilusões. Tudo em prol de um ideal inexistente. Uma fraude ofensiva à evolução da humanidade.
“Agradeceis o que tem”, dizem tais esquizofrênicos. E eu gargalho de seus preceitos infundados. “Agradeceis o que tem” dizem as almas mortas, e eu lhes retruco: - Agradeceis o que não tem, pois é seu caminho a seguir.
O constante desejo de ser, de ter, de crescer, de aparecer, isso nos move, isso nos satisfaz, mas só momentaneamente, e isso nos faz estar no topo, essa característica que fez o homo sapiens ser o que é. O desejo de sermos os melhores, os mais desenvolvidos, de termos mais, de mais conforto, de mais status, de sermos reconhecidos. Onde não se há desejo não há satisfação verdadeira, mas onde se não se há satisfação, há desejo.
Ao contrário da maré eu digo minha verdade: A insatisfação é requisito básico para a felicidade. Você não lera errado. Repito: A insatisfação é requisito básico para felicidade. Há necessidade de tristeza para que haja felicidade, a oscilação que nos faz feliz, não a constância. A tênue é venenosa, é traiçoeira, enquanto bate nas suas costas enchendo o pulmão para dizer-te: “-Bom trabalho.”  te apunhala quando mais frágil está. E quando acordar e notar que voltara a realidade que no fundo da alma tanto enoja, a agonizante sensação de tristeza percorrerá por todo corpo, já que a alma morta é inerte. A agonia incontida nem ao menos será entendida, não saberá por que não estão satisfeitos, mesmo que tudo que ‘quisera’ tenha conseguido. Mesmo o mais bem sucedido profissional cujos pais moldaram forçadamente suas aspirações sofre desse mal. Pode diagnosticar sua depressão, mas não o motivo dela.
Eu indico a meus pacientes a insatisfação. O desejo contínuo de manter-se insatisfeito, é isso que dá forças para enfrentar os fados adversos e vencendo-os ou perdendo-os, erguer-se e reerguer-se.
Amiúde insatisfaça-se.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ao Infinito e Além: O Grande Impotente


Quem és você que tanto subestima valores diferentes dos seus?
Puro produto do inconsciente coletivo. Muito me admira ainda que penses ter integridade para julgar.
És tão dúbio e turvo que mais parece morto. Perdeu-se no caminho que trilhou ser o justo e o melhor para si. Se por vezes fora feliz foi por displicência. Não batalha por si e diz batalhar por outrem: Mero engano. Sobrevive em um mundo que considera injusto e tão pouco sabe o porquê. Tira conclusões de preceitos infundados. Posteriormente justifica-as com orgulho, e ao primeiro argumento contrário se omite. Omite seu verdadeiro eu, o animal raivoso e ambicioso que há dentro de cada um de nós.
Vive no sistema que foi habituado. Pouco indaga, mas quando o faz não acredita nem no próprio preconceito. Sem seguir, sem ditar. Seu futuro é um limbo, perspectiva é e sempre será futura, não caiu em sua consciência que a vida é uma roda viva, um ciclo sem volta. Se lembrares dos planos presentes em seu futuro, frustrar-se-á como quem percebe a morte aproximar-se. Por que poderás não estar morto de corpo, mas sua alma federá tanto que respingará em seu fruto.
Ah! A alma desse ser tão vazia quanto confusa. O preenchimento morrerá junto com a perspectiva. A confusão aos poucos surgirá, só basta filosofar, imaginar o que poderia ter sido diferente. O mal está no ‘se’. Enlouquecerá quando próximo o fim, mas nos últimos momentos fará o que de melhor fez em sua falha, medíocre e injustificável vida: Acomodar-se-ará.

sábado, 18 de agosto de 2012

10 melhores músicas de todos os tempos

Sei que é muita pretensão de uma pessoa só fazer uma lista das 10 melhores músicas de todos os tempos. Não tenho muitos critérios pra essa lista, já que música é sentimento, um dos principais critérios para fazer tal lista foi a quantidade e qualidade de sentimentos que sinto enquanto escuto as referidas músicas.
O resultado foi que das 10 músicas, 8 são clássicos incontestáveis da história da música. Duas das músicas foram escolhidas por extremo gosto pessoal, confesso.
Essa lista já fiz há cerca de um ano, não fiz pensando em divulga-la, só a fiz a nível de conhecimento pessoal, mas pela falta de atividade resolvi divulga-la.
Então vamos à lista:
10- The Suburbs – Arcade Fire
O álbum a que essa música deu título foi o mais badalado do mundo em seu ano de lançamento, não por menos o álbum venceu o Grammy desbancando figurões da música pop mundial.
A faixa-título, The Suburbs, sem sombra de dúvidas é a melhor do álbum, a música transmite um sentimento extremamente intenso de nostalgia, sua melodia é tão calma e límpida que é quase impossível conter um leve sorriso ao escutá-la.
9-Born In The U.S.A – Bruce Springsteen
Bruce é indiscutivelmente o músico predileto dos norte-americanos. Acabara de lançar seu décimo segundo álbum no topo das paradas, e agora só está atrás dos Beatles nesse quesito.
Bruce nasceu para ser superstar. Dono de um carisma digno de presidente da república, é quem melhor sabe descrever os sentimentos da classe trabalhadora americana. Crítico ferrenho do capitalismo exagerado,  Bruce tem um número crescente de hits emplacados no top das paradas. Apesar de ser uma das, ou até a maior estrela da música americana, Bruce não tem todo esse estrelismo fora do país, o que de forma alguma pode ser interpretado como uma falta de talento do mesmo.
Acompanhado quase sempre pela The Street Band, Bruce faz shows maravilhosos, e com certeza absoluta o ponto alto de seus shows é quando a famigerada Born In The U.S.A é tocada. A música leva os fãs ao total êxtase, principalmente na hora de seu refrão.
8-Kashmir – Led Zeppelin
Não é segredo pra ninguém que me conheça que eu tenho Led Zeppelin quase como uma religião, uma idealização do que essa arte chamada música nos deu.
Os 8:33 minutos de Kashmir podem parecer tediosos a princípio, mas Zeppelin consegue desenvolver em cima de uma estrutura simples da música, uma música completa. A forma como a linha de John Bonham é executada é incrível. A todo momento parece que vai dar tudo errado, que a bateria está fora da música, e lá aparece ele pra consertar tudo. Sem exageros.
Os instrumentos de apoio são a principal marca da música, não por menos tantos filmes, séries e propagandas usam essa música como trilha sonora. O sentimento de melancolia e expectativa está presente em cada nota tocada nessa música.
7-Helter Skelter – The Beatles
Uma letra simples, pode até ser considerada sem sentido, riffs de puro rock and roll capazes de gerar histórias macabras. Só a mais emblemática banda do mundo é capaz de fazer isso.
Helter Skelter é a precursora da música pesada. Em sua época, The Who já ditava o que poderia ser feito na música durante os anos 70, mas com a influência dos Beatles tudo ficaria mais fácil.
Helter Skelter adiantou uns 10 anos o que a música teria (ou não) para nos mostrar. Guitarras com distorções (nem tão fortes)  riffs com escalas simples, bateria barulhenta e uma letra mais gritada do que cantada. No fim da música ainda é possível ouvir a frase ("I've got blisters on my fingers!")  um claro incentivo pros músicos do futuro fazerem barulho
6- Fluorescent Adolescent – Arctic Monkeys
Uma letra bem humorada, um toque “felizinho” e uma melodia grudenta. Fluorescent Adolescent não tem solos mirabolantes, histórias sangrentas, Arctic Monkeys não tem tantos milhões de cópias quanto quase todos outros aqui presentes, mas essa música é a melhor no que a música se propõe a fazer. Entreter.
É impossível para qualquer pessoa do mundo criticar essa música, poucos, talvez ninguém a coloque entre as 10 melhores músicas de todos os tempos. Mas o sentimento de tranquilidade e simplicidade é muito presente na música. Sua curta duração (a mais curta das músicas da lista com 2:58 min) também carrega uma forte áurea de nostalgia. E se música é sentimento e essa música transmite tantos sentimentos bons, porque não coloca-la entre as melhores*)
5-Paranoid Android – Radiohead
Escolhida recentemente pela revista Rolling Stones a melhor música dos últimos 15 anos (concordo com a escolha) Paranoid Android é uma obra-prima de insanidade e o Radiohead seria o Abert Camus da música.
Não há nada que se pareça com essa música, é de uma originalidade sinistra, em alguns momentos, não parece ser criado por uma criatura humana, isso tudo sem nenhum instrumento parecer desencaixado, sem nada parecer fora do lugar.
Durante seus mais de 6 minutos, são experimentados momentos leves para relaxar, tranquilos até pra dançar, momentos de tensão, quando se aproxima as horas mais pesadas, momentos de explosão e se depois da tempestade vem a bonanza, Radiohead entendeu o recado, mas não deixou de bagunçar os sentimentos presentes na música, colocando tudo para quebrar de novo antes de acabar. Com muito peso, velocidade e ruídos indescritíveis.
4-Thunderstruck – ACDC
Se fosse possível indicar uma banda com som rock and roll no mundo possivelmente quase todos rockeiros indicariam ACDC
Depois do auge dos 2 álbuns seguidos que estão entre os 20 mais vendidos da história da música, ACDC passou por uma leve crise de originalidade, mas quando em 1990 o álbum *** foi lançado embalado pela sua melhor música, Thunderstruck, a banda ressurgiu.
Thunderstruck tem um dos riffs mais fantásticos da história, a pegada sempre rock and roll, os vocais impecáveis, o solo incrementador somado a performance fantástico de Angus e Johnson, fazem dessa música a maior obra-prima de rock and roll da história
3- Dire Straits – Sultan Of Swings
A genialidade de Mark Knopler está impressa nos quase 6 minutos dessa música que marcou a história.
Não dá pra acreditar, mas uma das canções mais fantásticas, uma das linhas de guitarra mais sensacionais, empolgantes e bem produzidas da história da música esteve presente no PRIMEIRO ÁLBUM da banda ditando bem o que seria do Dire Straits.
Apesar de extremo talento, nem mesmo Knopler conseguiu criar algo tão fantástico quanto essa música nos demais anos de carreira. Tudo nessa música é coadjuvante da guitarra. Baixo, bateria, letra, voz, tudo é apenas acompanhamento pra estupenda  linha de guitarra.
2- One – Metallica
Considerado por muitos a maior banda de rock do planeta, e por quase todos como a maior banda de metal de todos os tempos, Metallica tem sua obra-prima máster. E essa é One.
Como há de se notar tenho uma leve queda por músicas crescentes (aquelas que começam mais leves e vão se incrementando ao decorrer da música). Metallica faz isso com precisão, nessa música então nem se fala, dos riffs que iniciam a música  trazendo sentimento de calma até os agressivos momentos em que Hetfield grita “DARKNESS IMPRISIONING ME! ALL THAT I SEE, ABSOLUTE HORROR” há uma diversidade incrível, a bateria de Lars, também é impecável, como sempre ele abusa dos contratempos e cortes no desenvolvimento da música. A letra é um caso a parte, algo que poderia estar nos livros de poesia, mas tem muito maior divulgação em cd’s, mp3’s, etc ao redor do mundo.
Costumo dizer que é a única música longa do Metallica em que não forçam a barra para a música demorar. Cada segundo dela faz sentido, cada acorde leva naturalmente ao outro, sem parecer uma tentativa de parecer ser super habilidosos (o que não chegam a ser).
1- Stairway To Heaven – Led Zeppelin
A primeira colocada não poderia ser outra, tentarei me conter ao descrevê-la.
Starway to Heaven, fora escolhida a melhor música de todos os tempos pela NME, a segunda pela Rolling Stone (que misteriosamente escolheu Satisfaction como a melhor). A própria Rolling Stone escolheu Robert Plant como o maior vocalista de todos os tempos, o solo de Starway como sendo o melhor de todos os tempos e a letra (imagina) como a melhor de todos os tempos.
É basicamente incontestável que essa é obra-prima máxima da música, se fosse feito uma eleição das maiores obras-primas da humanidade, ela estaria junto A Monalisa, Assim Falava Zaratrusta, A Esfinge, Hamlet etc.
Tudo é impecável, não há excesso, não falta nada, mesmo nos momentos mais límpidos, é impossível sentir falta dos outros instrumentos, uma guitarra e uma voz é mais do que o suficiente pra entreter. A flauta, a entrada do baixo formam o DNA perfeito de uma obra-prima. Bonham com toda sua genialidade não ficou para trás, esteve como sempre seguro, sem  excessos desafiando as leis da física. O ápice é no solo, uma escalada pentatônica maior daquela que você aprende nos primeiros 6 meses de guitarra, só que com uma precisão e sentimento que jamais ninguém foi capaz de criar. Os gritos de Plant no fim são para garantir que alguém que por algum motivo desconhecido não tenha ficado arrepiado, fique.
E para terminar de fechar o caixão “
And she’s buying stairway to heaven”.