quarta-feira, 31 de março de 2010

Acabando as músicas

Tenho poucas músicas sobrando pra postar aqui, elas são minhas severinas
Essa se chama:
Incerteza
União
De pensamento não quer dizer razão
Quem crerá
De que pensar não é filosofar?
Mas o que é ter razão?
Procriar
Duvida a me olhar
Trapacear
Carrinho por trás não é pra expulsar
Mas o que é ter razão?

Eu tenho a leve impressão
De quando digo em pressão
Eu tenho a plena certeza 2x

União
Só é propícia pra mais discussão
Cooperação
É um novo atalho para fracassar
Ferverá
Tantas idéias que não vão vingar
Aparecerá
Tantas mentiras pra desmascarar
Mas o que é ter razão?

Eu tenho a leve impressão
De quando digo em pressão
Eu tenho a plena certeza 4x

Eu tenho a leve impressão
De quando digo em pressão
Eu tenho a plena certeza 4x

terça-feira, 30 de março de 2010

Chegou o grande momento...

Chegou o grande momento. A hora da final, a hora de sabermos... Quem será o GRANDE vencedor do Big Brother Brasil 10. Dez. DEZ. DEZ! DEZ?

Escrevendo domingo sobre o sentido da vida tive que escutar isso pela TV por localizar-se atrás do computador.

Tive que escutar também que a votação de sábado teve 120 MILHOES de votos, eu não vou escrever sobre Big Brother depois da final, pois se já estou furioso como estou com o que ouvi até agora, imagina como vou estar depois da final que com certeza irá ter muito mais votos que os 120 milhões? Não... Eu não iria conseguir raciocinar com sensatez após tanta fúria.

Você fã do programa, calma lá que já te digo o porquê da minha fúria, antes leia a descrição do programa.

O Big Brother Brasil é um reality show (colado como tudo na TV brasileira, mas até aí tudo bem) em que certo número de participantes (sempre crescente, tenho medo de quantos vão ser e quanto tempo irá durar o BBB 20) se submete a ficar trancado numa casa com certo número de câmeras (sempre crescente, tenho medo de quantas vão ser no BBB 20) expondo essa convivência com até então desconhecidos para quem quiser assistir (e acredite se quiser, tem quem queira, e como tem) por certo prêmio (sempre crescente, tenho medo de quanto vai ser no BBB 20).

Substancial não? Não! Não? NÃO!

Ou seja, você trabalha, estuda, faz suas atividades rotineiras seja elas quais for, chega em casa a noite liga a TV e... E? E!!!

-Caralho! O cara tá lavando roupa! Que legal...

-Olha! Eles tão brigando por causa de comida. U-A-U!

Não é interessante, definitivamente, não é interessante.

Não é interessante ser manipulado ao ver pessoas auto-manipulando ao mesmo tempo em que são manipuladas. É muito marionetismo (adoro criar palavras) pro meu gosto.

E assim formam-se celebridades momentâneas. Por quê? O que elas fazem? Lavam roupa? Eu também lavo... se precisar. Brigam por comida? Dê um prato de trigo pra três tigres tristes que eles brigaram também.

Pessoas ficam famosas, se destacam por fazer coisas que outras pessoas não conseguem fazer, pessoas se tornam bem sucedidas por isso. Os Brothers, os heróis (HEROIS! Tem base?) do Bial (depois ficam pagando pau pra esse pseudo-intelectual) ficam famosos por fazerem o que todo mundo faz, só que na frente das câmeras... Como eu já disse, se manipulando.

Aí entra como é atribuído o prêmio, aí entra minha indignação.

O prêmio é dado para quem conseguir maior aprovação popular com o decorrer do programa, não é preciso entrar em detalhes... Vocês sabem como funciona.

O programa gera muito dinheiro, mais do que vocês possam imaginar, a propaganda mais cara do Brasil, o tempo mais caro da TV brasileira está no Big Brother, é por isso que tem todo ano e vai continuar tendo por muito tempo. Gera muito dinheiro. Mobiliza muitas pessoas.

Mobiliza. Mobiliza para que? Com que objetivo? Com que intuito? Deixar uma pessoa rica quando se tem tantas pobres, mendigando, passando fome, se humilhando por aí? Não é falso moralismo, é senso de realidade!

Imagine se houvesse um plebiscito de voto não obrigatório (assim como o BBB não é) que exigisse... Digamos... Metade dos 120 milhões (QUE AINDA NÃO SÃO DA FINAL DO BBB) de votos, portanto, 60 milhões de votos para que ocorresse uma reforma no sistema educacional brasileiro, ocorreria essa mobilização? O plebiscito alcançaria os 60 milhões de votos?

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É amigos! É brasileiros! Confesso que chega a abater-me (não deveria, mas abate) a idéia de lutar por um país que cultua mais um mísero, ridículo e inútil programa de TV do que a educação, portanto o futuro da nação!

Preferi escrever antes da final não apenas para ainda ter cabeça no lugar para escrever, mas também para conscientizar vocês leitores da importância que nós damos para coisas fúteis quando coisas úteis são jogadas para escanteio.

Assista o que quiser, não tenho o controle remoto da tua casa para mudar seu canal ou desligar sua TV. Só quero que tenha consciência da futilidade desse programa perto de tantas coisas importantes que temos para fazer, para melhorar, não estou falando nem de política agora, ou educação, ou segurança pública. Estou falando do nosso interior, o resto é conseqüência.

Abra sua cabeça, leia, investigue, se instigue, instigue aos outros, se indigne, indigne aos outros, estude, aprenda, esqueça, curta, lute. Viva! Aproveite melhor seu tempo!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Qual é o sentido da vida?

Aterrorizante na época da escola para mim, a filosofia abriu espaço ainda na Grécia antiga para a coisa mais importante para a evolução humana, o questionamento.

Tudo começou com a filosofia, todas as áreas de conhecimento surgiram a partir de contestações filosóficas, os questionamentos sobre a origem do universo, por exemplo, formaram as religiões e a teoria do Big Bang, as duas idéias mais empregadas nesse assunto.

Tão importante quanto os questionamentos sobre a origem do universo são os sobre o sentido do universo. A partir desse questionamento surgiram muitas filosofias, idéias, teorias. Chame do que quiser, ninguém nunca obteve e creio que nunca obterá êxito total que seja reconhecido como incontestável por toda população.

O porquê de isso ser impossível é a própria evolução da mente humana. Se no tempo em que a evolução genética humana formou uma imensidade de raças, se no tempo em que a evolução genética humana foi e está sendo capaz, por exemplo, de formar por meio de 7 notas musicais um número infinito de melodias que continuam a ser criadas todos os dias, qual será o número de idéias e opiniões formadas por essa mesma mente humana em evolução constante? Um número incontável, com certeza.

“Ser ou não ser... Eis a questão? Que será mais nobre para a alma? Suportar os dardos e arremessos do fado sempre adverso ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando resistir-lhes?”

Reflita o tempo que for preciso para entender plenamente a reflexão acima.

Como você deve (ou deveria) saber essa frase está presente na peça de teatro mais famosa de todos os tempos, Hamlet de William Shakespeare. Nas entrelinhas desse pedaço da reflexão de Hamlet (personagem principal da peça) existe uma conexão no que estou a falar aqui.

Todas as religiões buscam o fim da dor, o budismo tem como idéia principal alcançar o fim da dor e do sofrimento, no cristianismo o fim da dor e do sofrimento ocorrerá no paraíso para aqueles que se arrependerem de seus pecados, nesse pequeno trecho de Shakespeare existe um questionamento (indireto) sobre a dor. Suportar a dor ou lutar contra ela? Refletindo sobre essa reflexão, digo que lutar contra a dor não significa não senti-la, é senti-la, mas lutar contra seus efeitos, não se abater por ela apenas porque dói, afinal, a dor é humana, portanto não senti-la é negarmos uma característica humana. Já suportar a dor nesse sentido não consente também em apanhar calado, mas em não procurar respostas para a dor julgando já ter compreendido-as por algo sobre-humano que nos condiciona naturalmente a dor, algo sobrenatural, metafísico. Se não vês nexo de causalidade entre o que reflito e o que reflete Shakespeare, analise a seqüência da reflexão de Hamlet.

“Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono poe remate aos sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se. Morrer.., dormir.., dormir... Talvez sonhar... E ai que bate o ponto. O não sabermos que sonho poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos poe suspensos.”

Sem alcançar respostas para a dor e para o sofrimento, a tendência é acreditar que aqui na Terra o ciclo não acaba, não importa como, se por reencarnação, pela eternidade no paraíso, a tendência humana até hoje é acreditar que tudo não acaba aqui. Não conseguimos acreditar na dor e no sofrimento mesmo os vendo e os sentindo, preferimos acreditar que o que vivemos é apenas uma passagem, uma passagem pra vida eterna onde tudo será perfeito sendo que não sabemos ao menos o que é a perfeição ou ao menos se ela existe. Cremos na perfeição, “o que você crê você não sabe, o que você sabe você não crê”.

Mais Hamlet...

“É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não correspondido, as leis amorosas, a implicância dos chefes, e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo após a morte – terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou – que nos inibe a vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados?”

Chega-se então ao ponto máximo da questão, ninguém suportaria a dor se pudesse acabar com ela em um piscar de olhos ou com um punhal como diz o rancoroso Hamlet, o fato é que não podemos. Então tememos a “Undiscovered Country”, tememos o que não conhecemos para não encararmos o que nós conhecemos. Grande sinal de fraqueza espiritual esse que damos.

Dormir... Acordar... Acreditar... Lutar, lutar e nunca se entregar. É assim que manifestamos algo realmente sobrenatural. Lutando brava ou braviamente se preciso for contra o mar de desventuras, contra o nosso mar de desventuras. Lutarmos contra o que podemos ver. Lutarmos diariamente com nós mesmos, entre nós mesmos, contra o fado sempre adverso, lutar pelo seu ideal.

Para terminar o raciocínio, duas frases (mais simples do que as de Shakespeare) tiradas de músicas resumem muito bem o sentido do texto.

Querer sentir a dor não é uma loucura, fugir da dor é fugir da própria cura. (Não fuja da dor – Titãs)

Um homem só irá te salvar, esse homem é você! (Um Homem Só – Dead Fish)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Aos Jovens Eleitores

É ano de eleição creio que todos sabem disso, alguns não dão tanta importância, existe gente que em pleno século XXI se considera apolítica, acredito que ninguém aqui chega a esse ponto, impressionantemente a importância do voto só é dada ao decorrer dos mandatos quando surgem escândalos envolvendo políticos, sim, até aquele político que seu pai pediu pra você votar, por que ia te dar uma portaria que até hoje você tá chupando dedo acreditando nela, está envolvido. Para que isso não ocorra reflita sobre o texto abaixo.

Fala-se muito na TV em voto consciente, existem vários programas do governo federal em época de eleições sobre o voto consciente, mas não se fala o que é o voto consciente não dão a população a consciência do que seja o voto consciente. Todos nós deveríamos saber, mas não sabemos por que no Brasil existe a proposição de que todo político é bandido e, portanto ficar escolhendo entre bandidos é besteira.

Por isso alguns votam nulo, outros procuram o primeiro favor que um político corrupto puder o fazer para “decidir” seu voto, outros votam naqueles que fizeram promessas que mais satisfação seus interesses e outros, a minoria, a menor parcela da população, analisa o candidato que possa representar melhor os interesses da população.

O que falta nas pessoas é a consciência disso, de que os políticos são seus representantes, e que lutamos por essa representação política por muito tempo e que hoje, escolhendo para votar outro motivo se não o de escolher melhor representante para buscar pelos interesses da população estamos desvalorizando anos de lutas populares.

Não adianta dizer que político não vale nada, e que o problema do Brasil são os políticos. Todos países tem políticos, todos países tem representantes, não há um lugar no mundo que não seja regido por uma constituição, e nem por isso todo lugar é uma (perdão da má palavra) zona igual ao Brasil.

A grande maioria da população vota sem a mínima noção das funções de cada cargo, vota sem a mínima noção da conseqüência da eleição dos votados, de como esse representará os interesses populares, e depois de votar de qualquer jeito se vêem no direito de falar que a culpa da situação do Brasil é da corrupção, sim, realmente é da corrupção, mas a corrupção da população não dos políticos, a corrupção dos políticos só existe pela corrupção ou inconsciência popular na hora do voto.

O poder está na mão do povo sim, quem o povo escolhe para representar esse poder que está sendo sendo mal escolhido, então se você está indignado com a situação do Brasil a melhor forma de ajudar a mudar é votar conscientemente. Estude a vida, os projetos, procure sempre candidatos cultos, que tenham conhecimento na área do direito, eles têm mais consciência do que é preciso para o país melhorar, procure sempre candidatos que valorizem principalmente a educação, lembre-se, a educação é a base de todas as outras áreas, não vote por favores, por que seu pai pediu (jovens isso é muito importante) é muito provável que seu pai vote pela satisfação pessoal, e se você consente em votar pela satisfação pessoal você consente que a sociedade pouco importa pra você consente em que criticar a política dali pra frente é puro falso moralismo.