Quem és você que
tanto subestima valores diferentes dos seus?
Puro produto do
inconsciente coletivo. Muito me admira ainda que penses ter integridade para
julgar.
És tão dúbio e
turvo que mais parece morto. Perdeu-se no caminho que trilhou ser o justo e o
melhor para si. Se por vezes fora feliz foi por displicência. Não batalha por
si e diz batalhar por outrem: Mero engano. Sobrevive em um mundo que considera
injusto e tão pouco sabe o porquê. Tira conclusões de preceitos infundados.
Posteriormente justifica-as com orgulho, e ao primeiro argumento contrário se
omite. Omite seu verdadeiro eu, o animal raivoso e ambicioso que há dentro de
cada um de nós.
Vive no sistema
que foi habituado. Pouco indaga, mas quando o faz não acredita nem no próprio
preconceito. Sem seguir, sem ditar. Seu futuro é um limbo, perspectiva é e
sempre será futura, não caiu em sua consciência que a vida é uma roda viva, um
ciclo sem volta. Se lembrares dos planos presentes em seu futuro, frustrar-se-á
como quem percebe a morte aproximar-se. Por que poderás não estar morto de
corpo, mas sua alma federá tanto que respingará em seu fruto.
Ah! A alma desse
ser tão vazia quanto confusa. O preenchimento morrerá junto com a perspectiva.
A confusão aos poucos surgirá, só basta filosofar, imaginar o que poderia ter
sido diferente. O mal está no ‘se’. Enlouquecerá quando próximo o fim, mas nos
últimos momentos fará o que de melhor fez em sua falha, medíocre e
injustificável vida: Acomodar-se-ará.
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