Para tudo tem um começo
Apenas o mundo começou do nada
E é a partir do nada que surgiu todo o plano que conhecemos como mundo
A partir do nada
Do nada viemos e para ele iremos
É nesse intervalo de tempo que estamos
No intervalo de uma pequena frase clichê
E é isso que seguramente somos.
Um intervalo
Se o grande começo veio do nada os pequenos começos não necessitariam de tamanho rebuliço
Convicções são tão frágeis e fáceis de serem quebradas comparadas aos primeiros núcleos atômicos que quebrados formaram as primeiras moléculas completas
E não se sabe exatamente o quão complexo foi o marco zero e o caminho até aqui, mas sabe-se que ele ocorreu e que para estarmos aqui ele aconteceu
Por mais complexa que seja a convicção que for, ela não se aproxima da complexidade do grande começo
Por mais maldita que seja a repugnante doutrinação infantil, a benfeitoria do acaso que nos formou a torna pequena e sem expressão
O mal dos males também tem um começo
O que o diferencia das outras convicções é o modo como é implantado
A intensidade, a quantidade, de quem e de onde vem a ideia
Mas para o maior dos males há o maior dos bens
A fantástica natureza evolutiva humana
Ah! Habilidade louvável
Ah! Como seria possível imaginar algo mais magnífico que isso?
Como é possível agir contra o mais belo dos instintos humanos?
A nós, míseros intervalos, cabe decidir a favor do mau começo, e contra a característica evolutiva
Ou decidir a favor da natureza evolutiva e contra esse mal quase irremediável
Ser um, ser quantos for preciso ser, ou não ser ninguém
Cabe a si escolher se sua vida será motivo de orgulho ou de descaso
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