terça-feira, 26 de abril de 2011

Ao Infinito e Além: A Doutrinação Infantil

Para tudo tem um começo

Apenas o mundo começou do nada

E é a partir do nada que surgiu todo o plano que conhecemos como mundo

A partir do nada

Do nada viemos e para ele iremos

É nesse intervalo de tempo que estamos

No intervalo de uma pequena frase clichê

E é isso que seguramente somos.

Um intervalo

Se o grande começo veio do nada os pequenos começos não necessitariam de tamanho rebuliço

Convicções são tão frágeis e fáceis de serem quebradas comparadas aos primeiros núcleos atômicos que quebrados formaram as primeiras moléculas completas

E não se sabe exatamente o quão complexo foi o marco zero e o caminho até aqui, mas sabe-se que ele ocorreu e que para estarmos aqui ele aconteceu

Por mais complexa que seja a convicção que for, ela não se aproxima da complexidade do grande começo

Por mais maldita que seja a repugnante doutrinação infantil, a benfeitoria do acaso que nos formou a torna pequena e sem expressão

O mal dos males também tem um começo

O que o diferencia das outras convicções é o modo como é implantado

A intensidade, a quantidade, de quem e de onde vem a ideia

Mas para o maior dos males há o maior dos bens

A fantástica natureza evolutiva humana

Ah! Habilidade louvável

Ah! Como seria possível imaginar algo mais magnífico que isso?

Como é possível agir contra o mais belo dos instintos humanos?

A nós, míseros intervalos, cabe decidir a favor do mau começo, e contra a característica evolutiva

Ou decidir a favor da natureza evolutiva e contra esse mal quase irremediável

Ser um, ser quantos for preciso ser, ou não ser ninguém

Cabe a si escolher se sua vida será motivo de orgulho ou de descaso

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