O fim ou pausa indefinida da carreira de
Georges Saint-Pierre e a expectativa sobre o futuro da categoria mostrou ao
mundo o quanto o canadense foi incrível durante a carreira. Dominar uma
categoria cheia de excelentes lutadores dos mais diversos estilos tendo
vencidos grapplers (Jon Fitch, Matt Hughes, Josh Koscheck, Jake Shields, Matt
Serra), strikers (Tiago Pitbull, Dan Hardy, Jhony Hendrix) e lutadores bons em
pé e no chão (Condit, BJ Penn e Nick Diaz) com o fim (ou pausa) de sua
carreira, temos uma categoria pós-império Romano cheia de Godos, Unos e
Germânicos, querendo se sagrar como novo Czar e ocupar o lugar que por muitos
anos foi do canadense.
São tantos bons lutadores que mesmo
escrevendo um artigo específico sobre, tendo em vista que vários desses nomes
lutarão no UFC 171 que ocorrerá nesse sábado, ainda ficarão alguns bons nomes e
possíveis candidatos ao título de fora. O mais provável é que não haja por um
bom tempo um imperador como Saint-Pierre foi, mas sim que haja revezamento no
poder da categoria que tem de tudo para ser como foi os meio pesados entre o
período pós Chuck Lidell e pré-Jon Jones.
Começando pelos atuais desafiantes do
cinturão vago:
Jhony Hendrix é um ser 100% transparente. Seu jogo é claro: Ou marca a distância e entra com sua esquerda derrubadora de búfalo, ou força a queda com sua força incrível. Um fato importante é que ele tem preparo para fazer isso por 5 rouds.
Jhony Hendrix é um ser 100% transparente. Seu jogo é claro: Ou marca a distância e entra com sua esquerda derrubadora de búfalo, ou força a queda com sua força incrível. Um fato importante é que ele tem preparo para fazer isso por 5 rouds.
Apesar de aparentemente ser um jogo simples,
nem mesmo o mago das estratégias Georges Saint Pierre foi capaz de anulá-lo. O
motivo é a coesão do jogo do texano. Se na longa distância pode acertar seu
petardo, ou explodir em direção as pernas até derrubar, na média consegue
evitar quedas, forçar o clinch e se clinchado inverter usando sua força. Os
defeitos de Hendrix são sobpostos as suas habilidades.
Robbie
Lawler seria
há pouco mais de um ano o mais improvável dessa lista. Mas chegou de fininho e
vai disputar o título. Após belos nocautes contra Koschek e Voelker, foi
escalado para enfrentar Rory Macdonald provavelmente o UFC tendo a intenção de
dar mais uma vitória para a ascensão a disputa de cinturão do pupilo de GSP.
Mas se esses eram os planos do UFC, eles não contavam com o renascimento de
Lawler.
Que sua mão é pesada e que tem ótimas
joelhadas, já era sabido, mas a inteligência com que tem agido desde seu
retorno ao UFC tem sido impressionante. Não mais parte pra cima com tudo para o
nocaute e mesmo assim nocauteou e dominou todos seus 3 fortes oponentes no UFC,
não mais é derrubado angustiosamente por qualquer wrestler (mesmo tendo
enfrentado bons depois de seu retorno) e se cai por baixo não tem feito
vergonha.
O vencedor da luta que também ocorrerá amanhã
entre os dois seguintes deve ser o próximo desafiante:
Carlos
Condit é
o showman do grupo. Dono de golpes plásticos, uma trocação afiadíssima, uma
guarda perigosa e um cardio impecável, Condit só tem um defeito que é não saber
defender quedas e numa categoria repleta de All American Wrestlers (título dado
a divisão nacional de wrestler norte-americano) isso pode ser um grave
problema.
Já vi em vários fóruns sobre MMA, comentários
que em luta de 5 rounds não há ninguém para vencer Condit nos meio-médios após
a aposentadoria de GSP (espero que não sejam comentários da mesma pessoa).
Apesar de não achar que haja essa superioridade toda, é claro que em uma luta
de 5 rounds, um gás subumano pode dar vantagem.
Tyron
Woodley é
outro que chegou de fininho do extinto Strikeforce e com nocautes fulminantes
já está bem ranqueado, e de acordo com Dana White, se vencer Condit, irá
disputar o cinturão.
Muito forte pra categoria, tendo
provavelmente mais músculos que qualquer oponente, Woodley tem uma bela patada
de direita e ainda tem o famoso de título de All American Wrestler. Lutador de
uma ótima equipe (American Top Team) Woodley pode ser a nova surpresa a chegar
ao título.
Outros lutadores da categoria que também
lutarão no card desse sábado serão Hector
Lombard e Jake Shields, o
primeiro foi contrato para embolar a categoria de cima, mas acabou tendo
performances apáticas e desceu de categoria dando um show com seu incrível boxe
em sua estréia nos meio médios. Jake é um grappler fantástico em derrubar e
amarrar um combate. Shields, apesar de vir de vitórias sobre grandes nomes,
precisa de mais pelo menos 2 para chegar ao cinturão devido ao fato de ser um
lutador extremamente entediante.
Nesse UFC 171 há (ainda entre meio-médios) a
luta entre o jovem Kevin Gastellum e
Rick Story (que já venceu Jhony
Hendrix) que pode colocar mais um na linha de cinturão e temos
Ainda na linha de cinturão, há o nocauteador Jake Ellenberguer e o belga último
campeão do Strikeforce Tarec Saffiedine
que se enfrentarão em abril no UFC 172.
Sem luta marcada temos um dos mais talentosos
e jovens, Rory Macdonald que vem de
vitória clara sobre o brasileiro Demian Maia. Antes da derrota para o atual
desafiante Robbie Lawler, Rory era apontado por quase todos como o favorito a
suceder seu parceiro de treino, GSP. Hoje muitos perderam essa confiança, mas
Rory provavelmente apontará como desafiante ao cinturão em breve. E o
sul-coreano Dong Hyum Kim que está
em uma crescente na carreira após 4 vitórias consecutivas, também pode chegar.
Matt
Brown lutará
com a maior esperança brasileira na categoria, Erick Silva (não tenho esperança em Demian Maia devido à idade avançada e já aparente decadência
física) Brown é um matador, mas dificilmente chegará ao cinturão, Erick tem que
vencer seu primeiro top se quiser alçar grandes voos na categoria, afinal,
apesar de parecer, não é mais um garoto.
Há ainda muitos bons nomes na categoria, mas
é melhor esperar pelo UFC 171 que trará algumas respostas sobre o futuro da
categoria.
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